História Breve da Comunidade Amarelão!
QUAL A ORIGEM DO GRUPO FAMILIAR MENDONÇAS DO AMARELÃO?
O grupo familiar Mendonça se constituiu
a partir de antecessores indígenas pertencentes à etnia Potiguara (Brejo de
Bananeiras – PB) que se deslocou para o Rio Grande do Norte no inicio do século
XIX por meio de migrações do estado da Paraíba há mais de dois séculos
ocasionadas por situações de crise (epidemias de cólera, as secas, expansão
colonial, etc.), segundo a historia oral da comunidade.
COMO SE DEU A ORIGEM DO NOME DA COMUNIDADE?
O nome “Amarelão” se deu de um antigo
ritual que os Mendonça praticavam. Eles subiam a Serra do Torreão (serra
próxima da comunidade) por volta das 3 horas da manhã e lá em cima aguardavam a
chegada do Sol e, quando esse aparecia, desciam a serra cantando e dançando,
pois tinham ido buscar o “Amarelão” e isso traria sorte para a aldeia.
ONDE ESTÃO OS MENDONÇAS?
Os Mendonça, embora ocupem espaços diferentes,
ampliam as redes de parentesco, incluindo novos valores culturais sem no
entanto, perderem os laços de afinidade junto à família extensa, tornando fortemente
consolidado o sentimento de pertença à terra de origem – o “Amarelão”( com
aproximadamente 220 famílias) . Esse grupo familiar se expandiu para outras
localidades a exemplo do “Assentamento Santa Terezinha” – AST”( com
aproximadamente 126 famílias) -, resultado de uma luta conjunta com o Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terras – MST -, na década de 1990, bem como outros
povoados do município de João Câmara, entre os quais, estão “Serrote de São
Bento” (a dois quilômetros do Amarelão”, com aproximadamente 60 famílias),
“Cachoeira” ou “Nova Descoberta” (distante em mais de quinze quilômetros do
Amarelão), e até em Natal, mais precisamente na “Cidade-Praia” ou “Amarelão
Novo”, que pertence à Zona Norte, distante mais de oitenta quilômetros do lugar
de origem no campo.
A REALIDADE DA COMUNIDADE HOJE:
A comunidade vive basicamente da
produção da castanha de forma artesanal.
O GRUPO MOTYRUM CAAÇU:
O Grupo de Artesanato Indígena Motyrum
Caaçu – Unidos pela Arte foi fundado no Amarelão em 2007 por Maria Ivoneide
Campos da Silva, professora e residente na comunidade com o apoio de Jussara
Gualhardo, antropóloga da UFRN e 11 jovens da comunidade com o objetivo de
resgatar e fortalecer a identidade indígena na comunidade.Em 2008 o Grupo
ganhou o prêmio Culturas Indígenas, edição Xicão Xucuru, com o recurso desse
prêmio está trabalhando em cinco comunidades indígenas do estado (Amarelão,
Catu, em Canguaretama, Sagi, Cablocos e Bangue, em Assu)fazendo esse trabalho.
Parabéns João Paulo!
ResponderExcluirQue Deus lhe conceda sempre brilhantes idéias para que você, junto com sua família. amigos(as) e comunidade em geral possa regatar, contar, promover, a história de sua Comunidade. Trabalho e sucesso!!!